A dança das cadeiras do futebol brasileiro

A dança das cadeiras do futebol brasileiro

  Nesse case que apresento essa semana será sobre a instabilidade que ronda sobre os treinadores do futebol brasileiro. Só nas quatro primeiras rodadas já perderam seus empregos: na primeira rodada Felipão do Grêmio, na segunda rodada Drubsck do Fluminense, na terceira rodada Luxemburgo do Flamengo. Por último Milton Cruz (esse já assumiu com prazo). Isso tudo, depois de cada clube ter tempo (uns mais outros menos) depois dos estaduais. Agora na quinta rodada temos na berlinda o treinador atual bi-campeão brasileiro seguido e o treinador vice-campeão paulista desse ano.    

  Atualmente, nenhum treinador que trabalhou em algum momento pela seleção brasileira está empregado. Isso se o cruzeiro e palmeiras não perderem, pois o treinador que não serviu para o flamengo nessas 3 rodadas já é especulado pelas imprensas locais.    

  Flamengo e Fluminense representa bem o que é a gestão dos clubes cariocas. Ambos foram eliminados na semi-final do estadual, tiveram 20 dias pra repensar o comando, decidiram por manter os treinadores. Não estou dizendo que o trabalho foi bem feito pelos comandantes, mas se fosse para não dar continuidade, porque não foi feito durante esse período.    

  Quando o São Paulo negociou com o Vanderlei, o Flamengo reclamou, porém logo depois o demitiu. Pior. Deixou de receber a rescisão que iria ser pago, para pagar essa mesma quantia ao Luxemburgo.   

  Quando um clube escolhe o treinador no meio da temporada, ele define com quais jogadores, quais membros da comissão vai trabalhar. Três meses depois ele é demitido, e outro é escolhido, tendo que herdar um grupo de trabalho que talvez ele não queira trabalhar. Por exemplo, no Grêmio. O Felipão que já teve problema com o Kléber no Palmeiras, chegando no grêmio, que outro treinador achava que o Gladiador era importante, barrou o atleta que foi para o Vasco. O clube carioca não podia pagar o salário do Kléber, e o grêmio teve que arcar com um salário altíssimo.   

  Eu sei que é meio enrolado, meio complicado. Mas essa ciranda doida, resulta no final, aquela goleada de 7 a 1 pra Alemanha. O tempo mínimo para cada treinador trabalhar no clube é de um ano. A filosofia do clube e a filosofia do treinador só aparece depois de algum tempo.    

   

FELIPE PIMENTEL   

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